domingo, 28 de junho de 2015

dia de encontrar gente doida...

1 de junho de 2015

Acordamos e fomos para a praia do camping ver se dava para ver os tide pools, mas a maré estava muito alta e não deu para ver nada. O que vimos foi só uma pedra com um buracão e uma paisagem que deveria ser muito linda com sol.

No caminho de volta a chuva apertou, tomamos café da manhã em baixo de chuva e resolvemos tirar o dia off. Começar o dia pedalando com chuva não anima muito. O que mais queríamos era entrar na barraca e ficar por lá um pouco sem fazer nada, no seco.


Harris Beach State Park

Harris Beach State Park

Mais tarde o Fe foi para a cidade lavar (todas as) nossas roupas e eu fiquei no camping atualizando o blog. Ele começou a demorar demais e ai me veio a cabeça: se ele demorar demais e eu precisar sair atrás dele, eu não tenho nem minha blusa de frio e nem uma calça para ir atrás dele! que horror! Ele demorou mas ainda bem que ele chegou!

Enquanto ele lavava a roupa, ele encontrou 3 outras pessoas na lavanderia: 1 canadense normal e 2 americanos meio doidos, um deles teólogo. Os quatro estavam conversando até os dois americanos monopolizarem a conversa e o teólogo perguntar para o outro americano: "mas você não acha que se Jesus voltar, o Obama vai ceder o lugar dele para Jesus?" (ah????)

Quando o Fe chegou, fomos para um gazebo comer, que era a única parte coberta do camping que não os banheiros. Nisso um casal parou para conversar conosco. Um casal muito simpático, eles estavam contando que eles fizeram essa viagem de bike a 20 anos atrás e riram bastante quando dissemos que fazíamos uma média de 50km por dia. Eles faziam quase o dobro disso, mas para nós não faz sentido correr. Faz parte do nosso desafio chegar em São Francisco, mas não estamos competindo, o que queremos é conhecer o máximo possível em vez de apenas ver o asfalto passar. Também dei a gafe de dizer que não gostei do estado de Washington, e eles eram de lá...ops..

10 minutos depois outro casal veio conversar conosco. Eles tinham bebido um vinhozinho e estavam bem alegrinhos, especialmente a mulher. Quando dissemos que éramos do Brasil, a mulher disse: ah sim as brasileiras adoram colocar implante na bunda porque os homens de lá são tarados por isso, eles sempre ficam olhando... (!!!!!!) e o marido: eu não acredito que você tá falando isso! (hehehhe)

Depois, mencionamos na nossa conversa com eles que estávamos planejando ir para Red Woods, que é uma floresta de árvores gigantes. Os dois casais disseram que se o tempo estivesse bom,  iríamos até lá amanhã. Eles de carro, nós de bike, completamente independentes. E então começou um diálogo bem engraçado:
Mulher: nós vamos fazer hiking lá, vocês poderiam vir conosco! 
Marido: como? Nós temos uma picape! Não cabe! 
Mulher: ahhh ela (apontando para mim) é pequena, vai no colo do marido! 
Marido: mas como!? tem eu, você e dois cachorros para 3 assentos!
Mulher: ela vai no colo dele, os cachorros no meu colo e você, dirigindo!
Homem: ai ai ai... vamos embora antes que você me faça passar mais vergonha! 
Mulher: estamos no número 26, vocês bebem vinho ou cerveja?
Nós: ahh agente não bebe...
Homem: vocês são mormons???
hahahaha

Voltamos para nossa barraca rindo depois dessa e encontramos um cara com uma lanterna na cabeça olhando no meio dos arbustos. Que estranho.... Ai ele nos explicou: um guaxinim pegou a bolsinha dele que tinha a carteira e o celular e saiu correndo. hehehe

A noite era uma neblina só. Ainda bem que já era hora de ir para a barraca dormir, não hora de acordar e ir pedalar...

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Neblina, sol, ponte natural e um incidente noturno

31 de maio de 2015




Hoje foi um dia muito puxado. Pedalamos 82 km e ganhamos 1100 metros de elevação, nosso recorde até agora. Para nossa pedalada hoje ser mais desafiadora, pegamos um trecho bem chato com muitas subidas e um vento forte no peito.

O vento é um fator decisivo no rendimento do dia. Parece difícil de acreditar para quem não está acostumado a pedalar, mas a direção do vento é que faz tantos ciclistas sairem do norte dos Estados Unidos e irem para o sul, e não o contrário. O vento vai predominantemente do norte para o sul na costa oeste dos Estados Unidos.

Já pegamos trechos com um vento forte nas costas e fomos capazes de fazer 30km/h - 40km/h por 10km, mesmo com subidas e quase sem nenhum esforço. Hoje foi o oposto, pegamos descidas a 15km/h fazendo esforço e subidas a 5km/h quase morrendo.

Saímos do camping com o tempo bem ruim, mas não imaginávamos que pegaríamos tanta neblina. Não dava para ver 3 metros a frente. Começamos a ficar com medo, porque se nós não víamos nada, os carros provavelmente também não nos viam. O mais frustante é que o nosso guia dizia que hoje seria o dia com as vistas mais bonitas da viagem, e tudo que conseguíamos ver era uma cortina branca.

Estávamos pensando em tentar achar um camping e ficar por ali até a neblina passar. Resolver tentar conectar nossa internet portátil e descobrir qual seria a previsão do tempo para o dia seguinte. Conclusão: a previsão para o dia seguinte era ainda pior e sei lá se íamos conseguir achar um camping por lá. Resolvemos continuar. A essa altura a neblina estava melhor, mas íamos bem no limite onde o acostamento acabava em caso algum carro não nos visse.

Andamos 40km andando muito rápido até chegar num centro de informações turísticas, que é sempre ótimo: WiFi grátis, banheiros limpos e informações geralmente úteis. Aqui tinha até umas cadeiras confortáveis para ficarmos por ali a vontade ligando para as nossas mães =). Melhor ainda que nesse meio tempo, o tempo abriu, a neblina se foi e logo logo o sol veio embelezar as praias e nos mostrar porque o dia de hoje deveria ser tão bonito. Claro que o sol durou só 1 hora, mas tá valendo!

Port Orfort: Começando o dia com uma bela neblina, não dava para ver porque nosso guia descrevia a paisagem de hoje como a mais bonita da viagem =(

Pistol River State Park: mas graças a Deus o sol abriu! Não sei se o que perdemos antes era excepcional, mas o que vimos já achamos bonito =)

Pistol River State Park

Perto de Pistol River State Park
Windy Point, Arch Rock

Natural Bridge



Thunder Rock Cove: para chegarmos aqui, pegamos uma trilhazinha no meio da floresta e vimos um platô que podíamos muito bem acampar lá de graça e ter essa  vista. Será? hummm.. onde colocamos as bikes? no meio da trilha! temos comida? Sim, nossa comida de emergência! Banho? ahhh paciência. Humm parece ótimo, vamos acampar aqui? vamos! Ahhh não vamos ter água para beber e cozinhar até amanhã.... cocô, perdemos a oportunidade...

Thunder Rock Cove: e nossa 1 hora de sol chegou ao fim..

Seguimos para o camping com uma vontade infinita de chegar logo. Idealmente deveríamos ter dividido esse dia em dois, assim poderíamos ter feito várias trilhas que levavam a mirantes diferentes, mas estávamos preocupados em não chegar muito tarde no camping, e depois de tanta subida com o vento nos empurrando na direção contrária, não tínhamos nem vontade. Pena que não tinha muita escolha.

À noite no camping, acordamos com uns grunhidos super estridentes. Levantamos num susto. O Fe estava sonhando que estávamos acampando no meio do mato, onde estávamos querendo acampar antes, e acordou com o grunhido achando que estávamos lá sozinhos com algum bicho horrível. Nós dois nos olhamos com os olhos arregalados e o Fe queria ir lá fora ver! De jeito nenhum você sai dessa barraca!! heheheh 

A custo voltei a dormir, o Fe demorou uns 30 segundos e já estava roncando outra vez. De manhã, conversando com outro ciclista, descobrimos a causa: um gambá e três guaxinins brigando por comida esquecida em alguma mesa, não guardada nos armários anti-bichos. Ele sim saiu para ver o que estava acontecendo...

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Como, mais ou menos, é acampar por aqui...


30 de maio de 2015

Acordei e já nem pergunto mais para o Fe se está sol lá fora... Como a maior parte dos dias que estivemos na costa oeste americana, o tempo está nublado. Melhor não perguntar senão não quero nem sair da barraca.

Para quem não tem muita ideia de como é acampar por aqui, seguem algumas fotos de como são os lugares que costumamos acampar, e do que nos surpreendeu aqui (Bullards Beach State Park, Camping Ground).

Essas plaquinhas sempre nos indicam onde vamos acampar: nos hiker/ biker campsites. Aqui é uma área designada para quem vem andando ou pedalando somente. Esses lugares visam atender especialmente a ciclistas como nós, que pedalam a costa oeste ou para quem vem andando pelas trilhas, que acompanham a costa americana toda até o Canadá.

Normalmente temos um lugar para prender as bikes, uma mesa para comer e um lugar plano para montar a barraca. Quando o camping é bom sempre há plantas que servem como divisórias entre as  barracas, assim todos tem um pouco de privacidade =)
A grande maioria dos parques estaduais tem anfiteatros a céu aberto como esses. Em feriados e finais de semana em época de alta temporada, o parque realiza apresentações de temas diversos em anfiteatros como esse no início da noite.  A maior parte deles tem projetores e as apresentações  são com PowerPoint =)
Aqui são os armários para guardar comida e ter certeza de que guaxinins, gambás e ursos não vão querer vir atrás da sua comida enquanto você não estiver por perto. Raramente um camping não tem isso por aqui, mas normalmente eles são um armário de ferro ou de madeira, O que nos surpreendeu nesse camping foi o que estava dentro dos armários, em cima do telhado e do lado direito desse abrigo marrom.

Esse é o armário por dentro: com portas USB para carregarmos os nossos celulares e outros eletrônicos. A energia vem do painel solar.

E do lado direito, um suporte para consertar bicicletas! O máximo!

Em lugares como esse (ou não tão bons quanto esses) é que passamos a maior parte das nossas noites durante essa viagem.

Arrumamos nossas coisas e deixamos para trás o camping mais moderno das nossas vidas. Já mencionei que os campings de Oregon são espetaculares? Muito melhores do que hotéis baratos, na minha opinião.

A paisagem hoje foi uma costa com pedras bem pontiagudas, bem bonito.



Face Rock State: A paisagem mais comum que tivemos hoje. E olha quem deu as caras: o sol! Meio milagroso, porque o sol apareceu aqui, quando paramos para ver a paisagem, mas ficou nublado o resto do tempo que estávamos pedalando =)

Bandon Beach
Bandon Beach: e vimos mais focas
esse aqui se vê em todo lugar por aqui...


quarta-feira, 24 de junho de 2015

O lugar que eu mais gostei até agora: Shore Acres Reserve

28 de maio de 2015

Hoje bati meu recorde de quilometros pedalados em um dia e de elevação acumulada no dia em meus 31 anos de vida. Pedalamos 92km e ganhamos 922 metros de elevação. 92 km é provavelmente muito menos do que muitos dos nossos amigos já fizeram em um dia, mas com peso e subida, mais que isso é um horror para mim!

Dunes City
Hoje também meu pneu furou algumas vezes, herança de um caco de vidro minúsculo do dia anterior.
Trocamos minha câmara 2 vezes e em nenhuma das vezes conseguíamos achar o que estava causando meu pneu esvaziar a cada hora. Começamos a achar que era meu pneu, que já estava cheio de rasgos das vezes anteriores que ele tinha furado. Já estávamos colocando nossa última câmara reserva (agora a terceira do dia) e graças a Deus achamos o vidrinho causador de tanto stress =)

Próxima cidade grande: comprar mais câmaras reserva!




 Coos Bay Bridge

29 de maio de 2015

Pegamos o dia para conhecer as redondezas. Todos os ciclistas que estavam conosco se foram para mais um dia puxado de bike e nós, como sempre, ficamos para trás. Afinal, que graça tem fazer um passeio desses e não conhecer nada por perto!?

Destino: Shore Acres, em Cape Arago Reserch Reserve.




Estacionamos nossas bikes, fomos para o que eles chamam de interpretative center, que é um centro de observação, neste caso, da vida marinha. Colocamos nossos pezinhos dentro, tiramos os capacetes e antes mesmo deles passarem das nossas mãos para o banco, o Fe gritou: BALEIA!!! e saímos correndo lá para fora e depois, desesperadamente corremos seguindo a costa na direção que o Fe viu os esguichos. E finalmente, vimos uma gray whale (baleia cinza), a mais comum por aqui!! =)

Shore Acres: a casinha é o centro de observação. Corremos em torno da costa até chegar aqui, onde vimos as baleias e vemos essa paisagem.
o dorso da baleia =)

e mais baleia =)

Quando já não conseguíamos ver as baleias, paramos para ver ao nosso redor: que lugar magnífico!
Uma geologia muito muito diferente e melhor, sem turistas =)

Shore Acres:até agora o meu lugar favorito desde que começamos a viajar =)
 
Shore Acres

Shore Acres: esse terreno é composto basicamente de arenito. Quando tocávamos nesse chão, a mão ficava facilmente cheia de areia. A areia é compacta o suficiente para formar esse chão ai da foto, mas bastante erodível especialmente pelo mar, ou seja, a água carrega os grãos de areia e desenha essa paisagem. Diferentes níveis de compactação (e de materiais) oferecem diferentes níveis de resistência à erosão, por isso algumas  partes são erodidas  mais fáceis que outras.

Shore Acres
Shore Acres: se eu entendi direito, esses buracos no arenito são formados pela evaporação da água do mar. O sal aí também é um agente erosivo

Shore Acres

Shore Acres: diferentes níveis de resistência a erosão fizeram com que o mar esculpisse o terremo em vários formatos.

Shore Acres

Shore Acres

Shore Acres
Shore Acres

Shore Acres

Shore Acres

Shore Acres: vista geral

Shore Acres: saindo daqui, ainda vimos um veadinho =)
Shore Acres: na verdade, a verdadeira atração turística de Shore Acres não é a parte que fomos antes, das fotos acima. Esse lugar é especialmente conhecido pelo centro de observação de baleias e por esse jardim. É um jardim imenso e bem cuidado. Antigamente pertencia a uma casa de campo de um casal rico. Eu achei bonito, mas nada demais.

Seguimos caminho e continuamos explorando o Cape Arago (onde fica Shore Acres) quem sabe não víamos outras baleias?

Mais um pouco de Shore Acres
Acabou que não vimos mais baleias. Mas achamos um grupo de pesquisadores com binóculos ótimos que nos permitia ver a carinha de cada um dos leões-marinhos da foto abaixo. Um deles foi um amorzinho, nos recomendou alguns lugares para ir e nos convenceu a ir a um em especial, em que ele pediu a mulher dele em casamento, chamado Point Reyes, na Califórnia. Também nos deu contato de um outro pesquisador que podíamos encontrar lá e ofereceu a casa dele caso passássemos por Corvallis, a cidade onde ele mora ao norte dali.

Pessoas como ele é que fazem essa viagem memorável!

Shore Acres: De onde estávamos podíamos ver mais 3 ou 4 lugares com tantos leões-marinhos quanto esse. Centenas deles. 

O mais interessante é que muito próximo a eles estavam as focas, convivendo muito bem juntos.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Farol, dunas e uma caverna marinha

27 de maio de 2015





De volta ao tempo ruim de Oregon. Saímos para pedalar no meio de muita neblina  e paramos no que o nosso guia dizia ser o farol mais fotografado dos Estados Unidos. Na verdade me deu um pouco de dó (de mim heheh) de ir até lá por dois motivos: primeiro que descemos muito até chegar lá, o que significa uma bela de uma subida para pegar nosso caminho de volta à estrada; segundo que ainda tínhamos que fazer uma caminhadinha até chegar no farol... mas eu estava curiosa para saber porque raios esse lugar é tão fotografado.

Essa é a ponte que tínhamos que pegar para seguir nosso caminho. Como decidimos ir ver o farol, essa é a altura que subimos em uma estradinha maldita de tão inclinada.
Legeta Light House View: a vista do farol

Chegamos lá em cima e nos perguntamos: porque raios essa farol é tão fotografado!? Além de uma lente do tipo Fresnel que esse farol tem, não vi nada demais nele. Esse tipo de lente direciona a luz pra uma direção só, o resultado é um feixe de luz igual ao do Batman, mas sem o morcego =),  bem mais visível do mar.

Leão-marinho brincando de dar umas cambalhotas na água

Próximo ao Sea- Lion Cove
 Nesse ponto do caminho chegamos num tal de Sea-Lion Cove. Trata-se de uma propriedade particular com acesso a muitas rochas e a uma das maiores cavernas marinhas do  mundo. Essa caverna abriga muitos pássaros e é o único lugar conhecido em terra em que se pode ver os leões-marinhos do tipo Steller.

O proprietário, lá pelos anos 60, construiu um elevador  para levar os turistas lá para baixo ver os leões-marinhos. Tínhamos acabado de ver um monte de leões-marinhos pela estrada e ficamos em dúvida se valia a pena ir lá ou não. Mas não era tão caro e um elevador que corta a terra não se vê sempre por ai.  Decidimos ir e não nos arrependemos =)

os números marcam a profundidade que estamos descendo em feet.
E o elevador nos levava a essa caverna. Era bem escuro e o cheiro era bem ruim, mas certamente foi bem diferente. Esse ai é o Steller Sea-Lion macho, grande e imponete.


E as fêmeas, fofocando ali perto do macho e tentando subir na pedra..


E subiram....




veio a onda...e caíram todas =)

 que desajeitado o jeito que voam né?


Aqui é o acesso dentro da caverna para ver o farol super fotografado e mais leões-marinhos e pássaros

essa é a vista da foto acima..

e o farol superfotografado (por que!!????)



mais uma vista do Sea-lions Cove

 e mais leões-marinhos que dava para ver do Sea-Lions Cove

Seguimos caminho, já entrando em uma cidadezinha maior, loucos por um Mc Donalds (sim, é ruim, eu sei, mas é barato, rápido, tem banheiro e tem internet grátis =P ), meu pneu furou a 400 metros dele...ai ai..

Joaquin Miller State Park: Já no final do dia entramos na região de dunas de Oregon. Paisagens como essa começaram a ser mais comuns. Muitas dessas plantas são invasoras (não naturais daqui), mas adaptaram-se muito bem na região e detêm o avanço das dunas.

 Joaquin Miller State Park

 Joaquin Miller State Park: Pessoal aproveitando as dunas...

..e caindo =)

E finalmente chegamos no camping. Esse era mais um daqueles campings que o banheiro fica bem longe de onde os ciclistas acampam. Aqui me deu muita raiva porque eu, com todo meu senso de localização extremamente apurado, me perdi quando sai do banho e acabei andando uns 2km ou mais de alegre até eu conseguir achar minha barraca outra vez. 

O Fe foi tomar banho primeiro e me explicou o caminho. Eu entendi ele falando: passa pela entrada do camping por onde passamos e pega uma estradinha de terra a esquerda. Depois eu descobri que na verdade ele disse: NÃO passa pela entrada do camping por onde passamos e pega uma estradinha de terra a esquerda (assim que saia de onde eu estava). Bom, eu não achei a estradinha que ele disse, mas achei o banheiro até que fácil, mas achei muito longe para chegar até lá. Na volta do banho, vi uma estradinha e pensei que essa era a estradinha que ele tinha dito. Resolvi tentar, assim eu cortava caminho. Eram 20:30, ou seja que por essas terras daqui o sol estava se pondo (nessa época do ano).

A estradinha andava, andava e nada. Eu já estava pensando que o punhado de árvores que eu tinha passado era onde eu queria estar, mas nada de acesso para lá...e a preguiça de voltar tudo que eu já tinha andado? A estradinha que eu estava cruzava a rodovia que passamos para chegar no camping...cocô, nessa hora eu tive certeza que eu tava longe =(... voltei um pouco e achei uma trilha que ia para a direção que eu achava que eu tinha que ir...

O dia ficando escuro eeu estava para entrar no meio do mato...ai ai...deveria eu voltar tudo...ou tentar achar outro caminho? afinal agora eu deveria estar mais perto... ah que raios, decidi tentar. Andei em uma trilha, vi umas coisas abandonadas que me deram medo, vi outra estradinha cruzando essa trilha... e agora, que que eu faço? ficando mais escuro e eu perdida do jeito que eu sou já estava pensando que eu nunca mais ia achar a barraca e o Fe..

Decidi que  continuar no meio do mato era má ideia e peguei a estradinha. Ainda bem. Cheguei em um lugar que já tínhamos passado antes para entrar no camping. Bem longe da barraca, mas pelo menos de lá eu tinha certeza de que eu chegava. Realmente cheguei, mas a essa altura eu deveria voltar para o banheiro e tomar outro banho...

 Jessie Honeyman Memorial State Park: aqui acampamos e essa duna tem acesso pelo camping.

Dunas e gente andando de caiaque no laguinho lá embaixo