terça-feira, 21 de julho de 2015

Petaluma: mais um casal nos abre as portas de sua casa =)

14 de junho de 2015



Batemos nosso recorde de quilometragem hoje: 95 km!

Acordamos com um grupo grande que veio na noite anterior. No caminho passamos por um deles, um canadense de Toronto bastante competitivo. Passamos por ele quando era plano e depois ele nos ultrapassou na subida quando paramos para tirar os casacos, dava para ver que ele estava morrendo de cansaço mas ele nem olhou para a nossa cara quando falamos oi para ele. "Ahhh vai ver que ele não viu na hora que estávamos olhando para ele!", pensamos.

Um pouco depois vimos ele parado no meio de uma subida,. Assim que ele nos viu pelo espelho retrovisor ele começou a pedalar outra vez, mas entrou contudo na nossa frente e nos fez perder todo o nosso embalo. "eita, que cara atrapalhado!", pensamos. Mais para frente paramos para comer e ele nos ultrapassou. E novamente trombamos com ele na descida. Não vinham carros atrás de nós então fomos pela pista. O canadense fazia o mesmo e fechou o Fe na cara dura. O Fe saiu pela contra-mão para não bater nele e eu tive que frear contudo quando ele também me fechou. "Filho de uma rapariga!!!"dessa vez gritamos bem alto, porque podíamos ter rolado de bike e dessa vez foi ainda mais notório que ele fez de propósito para não passarmos ele. Cada tipo que aparece, né? Depois dessa resolvemos dar um gás e deixar ele para trás. Mesmo parando ele não nos alcançou, ainda bem.

Pedalamos mais da metade do caminho em ritmo bem acelerado, mesmo nas subidas. Até que paramos no mercado, comemos e tomamos um pote de sorvete de uma vez (porque não tem como guardar, e jogar fora é muito desperdício). Depois disso eu fiquei mole, já não queria mais pedalar. Meu sonho ultimamente acho que é comer com calma e dar uma boa descansada antes de voltar a pedalar, mas nunca aconteceu. Fiquei bem mal humorada com a subida e com o sol para variar. Até eu chegar a conclusão de que quanto mais cedo chegássemos, melhor.

Demos um gás outra vez e concluímos que podemos ir bem longe, pegar várias subidas e pedalar no sol por um bom tanto de tempo, desde que estejamos emocionalmente motivados. Nossa jornada não depende tanto do nosso porte físico quanto depende da nossa motivação em continuar tentando e da nossa vontade de seguir em frente (e parar de reclamar tanto).

Saímos do roteiro do guia e pedalamos em direção à Petaluma, casa do Jean e da Meilyn. Passamos a noite na casa deles, que foram uns fofos e nos receberam super bem. Nos levaram para conhecer a cidade, incluindo uma pizza magnífica e abriram a porta da casa deles para um casal que eles encontraram a 1 ano atrás em Cuba e que não conheciam tão bem.

Somos novamente muito agradecidos a essas pessoas de alma boa que acolhem doidos como nós e nos dão a alegria das pequenas coisas do dia-a-dia que já não nos pertence mais; lavar roupa em casa, internet rápida, banho quente a vontade, carregar nossos eletrônicos perto de nós e especialmente, ver um filme com amigos, deitados em um sofá confortável debaixo das cobertas!  As vezes são coisas tão pequenas que não damos tanta atenção quando tudo isso é tão ordinário, mas que dão muita alegria para alguém que já está a quase 2 meses sem uma casa.

Mais ainda somos agradecidos pela confiança, nos despedimos dos nossos anfitriões à noite, antes de dormir, pois na manhã seguintes eles sairiam bem cedinho para trabalhar. Antes de dormir, eles nos deixaram a senha da internet e a senha do portão. Isso é uma das coisas que mais aprendemos nessa viagem: o valor das pessoas.

Obrigada novamente por nos receber com tanto carinho!


Pizza deliciosa com gente fantástica!

Petaluma


15 de junho de 2015



Saímos de Petaluma e fomos em direção a Point Reyes, recomendação do Dan, que encontramos em Shores Acres. Nada de mais no caminho, exceto por patos tão a costumados com o homem que nem saem da frente com as bicicletas passando. Amanhã veremos se foi uma boa indicação ou não...




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