10 e 11 de maio de 2015
Saímos de Hoodsports e chegamos a Shelton. No caminho, sem querer, passamos por uma fazenda de salmões do governo.
Eles chamam de salmon hatchery. Trata-se de uma estrutura que visa dar uma mãozinha para a natureza ajudando a aumentar o número de salmões, aliviando a pressão no ecossistema e também com o objetivo de ajudar pescadores e a economia relacionada a isso.
O ciclo começa com a coleta de ovos de salmão que serão fertilizados (de setembro a novembro). Eles são incubados e alimentados até certo tamanho (quanto maiores, maiores as chances de sobrevivência). 100kg de ração são usados todos os dias para alimentar as pequenas bocas. Quando os peixes estão grandes o suficiente, eles vão para um trailler onde recebem uma barrinha milimétrica de metal na cabeça e tem uma nadadeirinha retirada (eles chamam de adipose fin, não sei bem a tradução em português). Isso é feito para identificar os salmões de cativeiro vs os naturais. Diz a lenda que só se pode pescar os de cativeiro.
Os salmões depois de marcados são soltos para alcançar a vida selvagem e a água salgada. Mais tarde, esses salmões retornarão para se reproduzir, eles sempre voltam para onde eles nasceram.
Segundo a funcionária de lá, eles encontram o caminho de volta seguindo o campo magnético da terra, e depois pelo cheiro da água (ah? dá para desenhar?).
Bom, fun time acabou e chegamos em Shelton. Essa é a cidade mais sem graça, com gente mais feia e infeliz que já conheci, provavelmente, na minha vida. Passamos no Walmart e o que vimos foi muita gente com obesidade mórbida, pessoas jovens e velhas andando naqueles carrinhos motorizados porque são muito gordas (e por isso doentes) para andarem por si mesmas e absolutamente ninguém sorrindo. O comentário do Fe é que nunca viu um povo tão feio e infeliz.
A parte boa do Walmart é que por ser um mercado grande, aceitava a isenção de taxas que os residentes em Alberta tem direito em Washington. (Obrigada Alvaro!)
Pela primeira vez desde que começamos a viajar, ficamos em um hotel (a cidade não tem campings ou albergues e a próxima cidade estava muito longe).
Foi nossa pior noite desde que começamos a viajar: de madrugada o casal de cima começou a brigar, o que parecia era que o homem tentava fazer algo a força com ela, eles gritavam um com o outro por horas….Pelo menos o hotel tinha internet e eu pude assistir uma das minhas séries no Netflix para não ouvir o casal escandaloso. Bom que eles pausaram a briga, mas percebemos direitinho quando acordaram, porque a gritaria recomeçou. Ow saudade de acampar!
Bom, nada de bom na cidade, não tenho nenhuma foto da maravilhosa Shelton.
Com o afetuoso casal brigando a noite toda, acabamos acordando tarde e depois de resolvermos uns pepinos, saímos para pedalar era quase meio-dia. Fomos para Montesano, passamos por indústrias e até uma usina nuclear desativada. Graças a Deus o caminho era bem plano, fizemos 70km nesse dia, com boa parte do caminho acima dos 20km/h =)
Acampamos em Sylvia lake, onde alcançamos a marca dos 550km pedalados!Bemmm melhor o camping, agora sim eles foram até o Canadá ver como se faz =P hehehe. Acampamos na frente do lago, sem casal brigando, sem barulho de estrada, uma paz maravilhosa!
Saímos de Hoodsports e chegamos a Shelton. No caminho, sem querer, passamos por uma fazenda de salmões do governo.
Eles chamam de salmon hatchery. Trata-se de uma estrutura que visa dar uma mãozinha para a natureza ajudando a aumentar o número de salmões, aliviando a pressão no ecossistema e também com o objetivo de ajudar pescadores e a economia relacionada a isso.
Um dos tanques de salmão. Esse tanque ai tem 1.5 milhões de peixes. |
Os salmões depois de marcados são soltos para alcançar a vida selvagem e a água salgada. Mais tarde, esses salmões retornarão para se reproduzir, eles sempre voltam para onde eles nasceram.
Segundo a funcionária de lá, eles encontram o caminho de volta seguindo o campo magnético da terra, e depois pelo cheiro da água (ah? dá para desenhar?).
Existem cerca de 4 milhões de salmões nesse hatchery. |
tanques com água fresca corrente para eles se sentirem em casa =)
Quando eles atingem o tamanho certo, eles são bombeados para o trailler de marcação
chegam pela esteira e caem num tanque, onde esperam para passar por uma máquina que irá medi-los, peixe por peixe.
A máquina, depois de medir, os separa para canos diferentes segundo o seu tamanho.
Cada tamanho de peixe (acho que são 3 tamanhos diferentes), são selecionados e vão para um desses canos
Dos canos eles caem nesses compartimentos, e nadam por um canal que só passa um peixe por vez, aí nessa máquina azul/prata (abaixo) é que eles receberão um código num pequenos pedaço de metal, impossível de ver a olho nu. Nessas máquinas também são cortadas a nadadeirinha que eu mencionei antes.
Na foto abaixo está o que eu chamo de nadadeirinha (adipose fin)… segundo eles não serve para nada…
Os salmões que são muito maiores ou menores que os demais tem o adipose fin cortados a mão, um por um. A moça de lá, muito simpática, nos deixou cortar um pouco para vermos como é. Primeiro eles passam por um compartimento com uma droga para eles “dormirem”e não ficarem pulando enquanto eles tentam cortar o negócio… Mas assim que eles vão para água corrente eles despertam novamente.
Demos muita sorte de ver esse procedimento todo, parece que isso acontece por algumas semanas no ano, e foi sorte maior ainda, porque era domingo. Sorte nossa que eles estava atrasados no serviço =)
Em certas épocas, o instinto fala mais alto e eles querem ir para água salgada, é quando eles ficam pulando assim.
Saímos de lá impressionados com o trabalho todo deles e o tanto de investimento que esse tipo de coisa requer. Parece que há outras 140 unidades em Washington que fazem a mesma coisa. A funcionária nos disse que Canadá e Alasca também fazem isso.
A parte boa do Walmart é que por ser um mercado grande, aceitava a isenção de taxas que os residentes em Alberta tem direito em Washington. (Obrigada Alvaro!)
Pela primeira vez desde que começamos a viajar, ficamos em um hotel (a cidade não tem campings ou albergues e a próxima cidade estava muito longe).
Foi nossa pior noite desde que começamos a viajar: de madrugada o casal de cima começou a brigar, o que parecia era que o homem tentava fazer algo a força com ela, eles gritavam um com o outro por horas….Pelo menos o hotel tinha internet e eu pude assistir uma das minhas séries no Netflix para não ouvir o casal escandaloso. Bom que eles pausaram a briga, mas percebemos direitinho quando acordaram, porque a gritaria recomeçou. Ow saudade de acampar!
Bom, nada de bom na cidade, não tenho nenhuma foto da maravilhosa Shelton.
Com o afetuoso casal brigando a noite toda, acabamos acordando tarde e depois de resolvermos uns pepinos, saímos para pedalar era quase meio-dia. Fomos para Montesano, passamos por indústrias e até uma usina nuclear desativada. Graças a Deus o caminho era bem plano, fizemos 70km nesse dia, com boa parte do caminho acima dos 20km/h =)
Acampamos em Sylvia lake, onde alcançamos a marca dos 550km pedalados!Bemmm melhor o camping, agora sim eles foram até o Canadá ver como se faz =P hehehe. Acampamos na frente do lago, sem casal brigando, sem barulho de estrada, uma paz maravilhosa!
usina nuclear desativada |
Lake Sylvia, onde acampamos.. |
Lake Sylvia, onde acampamos.. |
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