sábado, 9 de maio de 2015

Victoria Island


3, 4 e 5 de maio de 2015

Victoria Island

Depois de um dia cheio de pedaladas resolvemos tirar uns dias para conhecer Victoria, sem pedalar e sem acampar. Não tenho certeza se eu prefiro ficar em um albergue a acampar, mas certamente é bom ter certeza de que vamos ter um banho quente a noite =)

Ficamos em um albergue da juventude por 3 noites. Adoro como nesses lugares todos são interessados em conversar e interagir, é a parte que eu mais gosto de ficar em albergue, o ruim é que é sempre muito barulhento eu eu sempre tenho um nojinho de usar as roupas de cama, mas isso é frescura minha =)

O que esse albergue foi diferente de todos os inúmeros albergues que eu fiquei na Europa é o lugar para guardar bikes. Como muitos ciclistas passam pelas ilhas de Vancouver para conhecer, ou como nós, passam pelas Ilhas de British Columbia antes de descer para os Estados Unidos,  os motoristas são muito cuidadosos com os ciclistas e alguns albergues tem estrutura para guardar as bikes.

BC continua me surpreendendo a cada dia: se minha idéia de Canadá já era ótima conhecendo Montreal, Calgary e a região das montanhas, agora com BC minha impressão do Canadá não poderia ser melhor.
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lugar para guardar bikes dentro do albergue
Em Victoria andamos bastante, segundo meu tracker andamos 13km no primeiro dia em Victoria e 8km no segundo… bom que agora doem músculos diferentes do corpo =)




Começamos o dia vendo uma parada militar em homenagem aos veteranos mortos na Segunda Guerra Mundial.

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Parlamento
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parlamento


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dentro do parlamento.
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 Quando estávamos saindo do Parlamento (que também é um museu) por um corredor cheio de fotografias de todos os governadores  (eles chamam de generals) que já passaram pela liderança  do governo, um dos funcionários nos parou e disse: “Vocês viram o fantasma?”, “ah?”. E ele, muito atencioso nos levou até uma das fotografias da parede e estava nos explicando que Victoria tem muitos fantasmas, tem até tours que contam as histórias dos fantasmas. Bizzarro, e sei hehehe. Ele nos apontou para a fotografia abaixo (na minha foto não dá para ver direito), mas no canto superior esquerdo dá para ver a imagem de um operário de perfil com sua lanterna de cabeça, e no canto inferior esquerdo há umas manchas azuis, que em uma foto preto e branco é um pouco estranho. Vai saber =)
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segundo o funcionário do parlamento, nessa foto dá para ver no no canto superior esquerdo dá para ver a imagem de um operário de perfil com sua lanterna de cabeça, e no canto inferior esquerdo há umas manchas azuis, que em uma foto preto e branco é um pouco estranho. cada doido =)


Também fomos até Chinatown, parece que toda cidade grande tem uma dessas por aqui…. A daqui é bem pequena, mas também tem um daqueles mercados chineses que vendem várias coisas frescas expostas na rua e tudo quanto é bicho diferente. A que mais comoveu o Fe foi uma tartaruga congelada por 17 doletas, tadinha! Também tinha uma variedade enorme de peixes e lulas secas de vários tamanhos.
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Chinatown: um dos mercados chineses c as mercadorias frescas na calçada


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... e eles estavam vendendo tartaruga congelada


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... vários tipos de peixes secos


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Narcisistas heheheh

A parte mais cheia de turistas foi Fisherman’s Warf. Fizemos uma caminhada bem gostosa e interessante pelos piers que davam acesso à casas construídas na água, restaurantes e aos barcos.
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casas construídas sobre a água


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garça!

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as casinhas sobre a água eram uma gracinha. Vimos estrelas do mar e anêmonas grudadas na estrutura da casa...


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Pegamos fish and chips para comer. Era um dos restaurantes a beira do pier. Dizem eles que eles estão no top 10 da América do norte, nós não vimos nada demais...
 
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e vimos focas outra vez =)
 

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E se a caminhada do centro até esse lugar cansar muito, um barco-taxi te leva de volta!

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quanto uma dessas casinhas gasta por mês para morar  num lugar desses
 
Como todos os lugares que passamos em BC, eles reciclam… que impressionante uma comunidade que vive na água também fazer o esforço de reciclar, tá certo que eles vivem quase na terra, mas ainda assim =)20150503_victoria_fishers_man_warf-9080
De lá seguimos nossa caminhada, achamos um guaxinim no caminho e vimos mais um pier, um farol e um pouco mais da praia deles…
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guaxinin
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Esses seals estão por todo lugar, parece os esquilinhos nos parques de Calgary, e cachorro vira-lata em Guarulhos =P

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Beacon Park

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 lembra um pouco Londres, não?

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Parlamento ã noite

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Além da parte turística, passamos por um mercado interessante. Precisávamos de um mercado normal, mas entramos nesse sem querer. Todos os corredores desse mercado vendia coisas por quilo. Tudo que você imaginar: muitos e muitos tipos de doces, temperos, saquinhos de chá, grãos diversos e até sabonetes, recheios de tortas, geléias e coisas assim. Normalmente vemos um ou dois corredores assim num mercado normal, mas nesse mercado era só assim. Achei interessante =)

Mercadinho que vendia tudo por quilo... Tinha de tudo que você imaginar: muitos e muitos tipos de doces, temperos, saquinhos de chá, sabonete, grãos diversos e até recheios de tortas, geléias e coisas assim.



Onde gastamos muito mais tempo do que havíamos programado foi no museu (Royal BC Museum) . A atendente de informações turísticas nos havia dito que demoraria cerca de 2 horas e ficamos lá pelo menos 5 horas. Muito muito muito interessante, para mim está no meu top 3 dos museus mais legais. O museu é dividido em 3 partes: ciências naturais, história dos nativos e uma parte sobre as indústrias e como era a vida antigamente.

Para nós a parte de ciências naturais foi muito interessante porque vimos muitos dos bichos em exposição por todo esse caminho que já pedalamos, então estávamos curiosos para saber que bichos eram e os costumes deles.

Também a parte de ciências naturais desse museu é muito interativa, com estações virtuais que você pode tocar e displays mostrando os animais no seu habitat. Nessa última parte eles misturavam réplicas de animais em um cenário bastante parecido com o real e no fundo, a parede era aredondada e era pintada de forma a acompanhar a paisagem dando uma sensação 3D. Muito legal!

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Partes dos displays do museu, parece real, não parece?

A segunda parte do museu mostrava um pouco sobre a história dos nativos e como os primeiros povos reagiram diante da imposição do governo  em mudar alguns dos costumes deles como sacrifício de animais com rituais com dança e máscaras e também a prática de potlacher.

A terceira parte do museu retratava a sociedade canadense de antigamente: as atividades pecuárias, mineração, corrida pelo ouro, a participação na Segunda Guerra Mundial, a ascenção da economia canadense pela guerra seguida pelo declínio.

Já em 1900 e pouco, British Columbia era composta por cerca de 60% de britânicos, 16% de nativos e 12% de outros europeus. Nessa época foi declarado “the British Columbia is british”. Na verdade até hoje se diz que a cidade é a mais inglesa que a própria Inglaterra, que exagero!

De qualquer forma, voltando aos anos 1900 e pouco, a província considerava que a imigração de famílias de fazendeiros britânicos era o caminho para o crescimento da província (aos já familiarizados com o sistema atual de imigração canadense, eis ai um exemplo de que a imigração aqui é histórica, talvez por isso ainda hoje é visto geralmente com bons olhos e de certa forma muito importante para o crescimento do país).

Mais ou menos nessa época também foi aberta a imigração para os asiáticos. Basicamente todos odiavam os asiáticos porque, não muito diferente da atualidade, eles trabalhavam muito por salários bem mais baixos, houve uma época até que a imigração deles foi proibida.

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Alguns cenárrios de dentro do museu...

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