16 de maio de 2015
Começamos mais um dia de pedalada depois de um dia de folga. O tempo não melhorou e começo a achar que não faz sol nunca aqui. É desesperador!
A parte boa é que logo no começo da pedalada o Fe viu um monte de Elks, para mim pareciam cavalos na distância que estávamos, mas com o zoom da camera pudemos ver melhor, o Fe estava certo!
Elks =)
Fe checando o caminho no celular… e o tempo continua ruim, a estrada continua molhada. Recentemente, perdi o medo de ir encostada quase no pneu do Fe, é um pouco difícil de imaginar, mas faz muita diferença para quem pedala atrás, pegando o vácuo da bike da frente, especialmente quando o vento está na cara. A desvantagem é que em um dia chuvoso como esse, minha cara e meu casaco acabaram cheio de porcaria que o pneu da bike da frente espirrou, muito irritante mas cansa bem menos =)
Esta é Long Beach, muitas pipas por ali e também esse caminho meio tortuoso feito de madeira. Não vimos nenhuma placa falando que não podia andar de bicicleta sobre ela, então seguimos pedalando. Poucos pedestres nessa ponte e nos indo bem devagar para apreciar a paisagem, nisso, um velho muito grosso e mal educado, com os dentes pretos e nojentos nos disse em seu pior tom de voz:
velho nojento: vocês não podem andar de bicicleta aqui. Se vocês (bicicletas) andarem, nós (pedestres), não podemos andar!
nós: não tinha nenhuma placa proibindo bicicletas aqui..
velho nojento: ah tinha, tinha sim! Mas eu perdouo vocês dessa vez!
nós: ah que bom…já podemos morrer em paz! (isso era o que deveríamos ter falado, mas na hora ficamos completamente sem ter o que dizer para expressar nossa satisfação no perdão dele…)
Engraçado que a largura dessa ponte era o dobro da maior parte das ciclovias que já passamos até agora, e que sempre temos que dividir com pedestres… Esses americanos são 8 – 80… muito bizarros ou extremamente legais!
Mas diferente de Shelton, que todos tinham uma cara muito emburrada e infeliz, aqui a maior parte das pessoas sorria ao te ver e vimos muitas pessoas andando em grupo, parecendo estar se divertindo bastante, mesmo com o tempo ensolarado e bonito daqui =P
Em Long Beach também andamos por ciclovias perto do mar. Me impressionou a quantidade de mato a beira-mar. Aqui, antigamente, era mar, mas a construção de jetties (acho que a tradução em português é dique) nos anos 1900 na boca do Rio Columbia facilitou a formação de dunas nessa área.
Esses jeties foram construídos para estabilizar o canal e facilitar a navegação. O Rio Columbia traz muitos sedimentos que desaguam no oceano, as correntes marítimas então acabam por formar bancos de areia no fundo do mar. Esses bancos de areia se movem de acordo com as correntes marinhas, o que fazia da navegação nessa área um verdadeiro desafio. Com os jetties, novos bancos de areia foram formados e os canais ficaram mais estáveis.
Muitas subidas depois chegamos no Farol (North Head Light House) em Cape Disapointment.
North Head Light House em Cape Disapointment
Vista do Farol
Símbolo da América
Mais subidas depois e chegamos ao camping. Nosso último antes de sair de Washigton. Tinha um acesso a praia e nenhuma lata do lixo em lugar nenhum, nem no banheiro (na América do Norte todo papel higiênico é jogado na privada, e há um pequeno lixinho só para absorventes no banheiro das mulheres, esse tinha aqui). Um pouco estranho, normalmlente há muitas lixeiras espalhadas pelo camping, especialmente em campings grandes como esse. Aqui era apenas um compactador e você mesmo tinha que levar seu lixo até lá. Incomodo, mas com certeza mais barato para eles. Me admirou que ninguém deixava seu lixo para trás.
Praia com acesso pelo camping. Mais uma com muitos troncos de árvore trazidos pela maré. Muita gente pega essas madeiras e vende na estrada, também vimos crianças brincando de montar casinhas e cabanas com essas madeiras…
Dessa mesma praia, tínhamos vista para o farol. A foto abaixo é um zoom das pedras. Tentem advinhar o que é o branco das pedras…
Coco de pássaro! O branco é tudo coco! E onde eles fazem coco não nasce nada. Esses pássaros ai são os cormorants (não tenho nem idéia da tradução em português, sorry!), eles saem de pedras como essa, mergulham no mar para pescar e voltam para as pedras para engolir o que pescaram e tomar um ar. Eles também usam o coco deles como uma cola, para colar seaweed e outras plantas juntas e formar o ninho deles. (iuhulll!)
Começamos mais um dia de pedalada depois de um dia de folga. O tempo não melhorou e começo a achar que não faz sol nunca aqui. É desesperador!
A parte boa é que logo no começo da pedalada o Fe viu um monte de Elks, para mim pareciam cavalos na distância que estávamos, mas com o zoom da camera pudemos ver melhor, o Fe estava certo!
Elks =)
Fe checando o caminho no celular… e o tempo continua ruim, a estrada continua molhada. Recentemente, perdi o medo de ir encostada quase no pneu do Fe, é um pouco difícil de imaginar, mas faz muita diferença para quem pedala atrás, pegando o vácuo da bike da frente, especialmente quando o vento está na cara. A desvantagem é que em um dia chuvoso como esse, minha cara e meu casaco acabaram cheio de porcaria que o pneu da bike da frente espirrou, muito irritante mas cansa bem menos =)
Esta é Long Beach, muitas pipas por ali e também esse caminho meio tortuoso feito de madeira. Não vimos nenhuma placa falando que não podia andar de bicicleta sobre ela, então seguimos pedalando. Poucos pedestres nessa ponte e nos indo bem devagar para apreciar a paisagem, nisso, um velho muito grosso e mal educado, com os dentes pretos e nojentos nos disse em seu pior tom de voz:
velho nojento: vocês não podem andar de bicicleta aqui. Se vocês (bicicletas) andarem, nós (pedestres), não podemos andar!
nós: não tinha nenhuma placa proibindo bicicletas aqui..
velho nojento: ah tinha, tinha sim! Mas eu perdouo vocês dessa vez!
nós: ah que bom…já podemos morrer em paz! (isso era o que deveríamos ter falado, mas na hora ficamos completamente sem ter o que dizer para expressar nossa satisfação no perdão dele…)
Engraçado que a largura dessa ponte era o dobro da maior parte das ciclovias que já passamos até agora, e que sempre temos que dividir com pedestres… Esses americanos são 8 – 80… muito bizarros ou extremamente legais!
Mas diferente de Shelton, que todos tinham uma cara muito emburrada e infeliz, aqui a maior parte das pessoas sorria ao te ver e vimos muitas pessoas andando em grupo, parecendo estar se divertindo bastante, mesmo com o tempo ensolarado e bonito daqui =P
Em Long Beach também andamos por ciclovias perto do mar. Me impressionou a quantidade de mato a beira-mar. Aqui, antigamente, era mar, mas a construção de jetties (acho que a tradução em português é dique) nos anos 1900 na boca do Rio Columbia facilitou a formação de dunas nessa área.
Esses jeties foram construídos para estabilizar o canal e facilitar a navegação. O Rio Columbia traz muitos sedimentos que desaguam no oceano, as correntes marítimas então acabam por formar bancos de areia no fundo do mar. Esses bancos de areia se movem de acordo com as correntes marinhas, o que fazia da navegação nessa área um verdadeiro desafio. Com os jetties, novos bancos de areia foram formados e os canais ficaram mais estáveis.
Muitas subidas depois chegamos no Farol (North Head Light House) em Cape Disapointment.
North Head Light House em Cape Disapointment
Vista do Farol
Símbolo da América
Mais subidas depois e chegamos ao camping. Nosso último antes de sair de Washigton. Tinha um acesso a praia e nenhuma lata do lixo em lugar nenhum, nem no banheiro (na América do Norte todo papel higiênico é jogado na privada, e há um pequeno lixinho só para absorventes no banheiro das mulheres, esse tinha aqui). Um pouco estranho, normalmlente há muitas lixeiras espalhadas pelo camping, especialmente em campings grandes como esse. Aqui era apenas um compactador e você mesmo tinha que levar seu lixo até lá. Incomodo, mas com certeza mais barato para eles. Me admirou que ninguém deixava seu lixo para trás.
Praia com acesso pelo camping. Mais uma com muitos troncos de árvore trazidos pela maré. Muita gente pega essas madeiras e vende na estrada, também vimos crianças brincando de montar casinhas e cabanas com essas madeiras…
Dessa mesma praia, tínhamos vista para o farol. A foto abaixo é um zoom das pedras. Tentem advinhar o que é o branco das pedras…
Coco de pássaro! O branco é tudo coco! E onde eles fazem coco não nasce nada. Esses pássaros ai são os cormorants (não tenho nem idéia da tradução em português, sorry!), eles saem de pedras como essa, mergulham no mar para pescar e voltam para as pedras para engolir o que pescaram e tomar um ar. Eles também usam o coco deles como uma cola, para colar seaweed e outras plantas juntas e formar o ninho deles. (iuhulll!)
Nenhum comentário:
Postar um comentário